segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Influência

INFLUÊNCIAS
Emmanuel
Todas as regiões da vida terrestre experimentam a
influenciação espiritual de variados matizes.
Busquemos o concurso das forças que materializam o bem, associando-nos a ele, em todas as circunstâncias.
Se nada oferecemos de útil, que podemos receber das energias que difundem na Terra o suprimento dos recursos divinos?
Há sempre, no imo de nossa alma, o propósito de recolher as graças do Céu.
Quase todo espírito se julga o mais importante credor das bênçãos divinas.
Entretanto, ninguém consegue “alguma cousa” sem esforçar-se de algum modo.
Semente que germina, vencendo os empecilhos do solo, obtém, mais tarde, o favor do fruto.
A fonte que abandona o poço onde nasceu, arrojando-se para diante, na conjugação do verbo servir, alcança a grandeza do mar.
O homem que se destaca, pelo esforço na própria elevação, dirige-se para vanguarda de luz, convertendo-se em abençoado instrumento dos Celestes desígnios, no progresso humano.
Ajuda aos outros e serás amparado pelos heróis do bem.
Semeia a fraternidade e conquistarás a influência benéfica de milhares de irmãos.
Obteremos sempre, de acordo com as nossas próprias obras.
Se o lodo transforma em lodo a terra que o visita, o fogo converte em fogo o combustível que o procura.
Não olvides que de ti mesmo depende a natureza das forças que te inspiram para o bem ou para o mal.
Se desejas descer aos abismos da sombra, encontrarás o auxílio das potências que ainda se comprazem nas trevas, mas, se anseias pela subida aos montes da sublimação terás, contigo, o socorro de todas as inteligências que já se consagram à luz.
A sabedoria é o caminho, o amor e fraternidade é a luz.
Abraço fraterno na alma
Muita paz

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os cumpadres nelson moraes


 Os Compadres - Nelson Moraes

– Olá! Cumpadre, você tá bem?
– Se melhorá, estraga!
– Ué, por que todo esse contentamento?
– Agora tô vivendo um outro momento! Estou aprendendo a me amar de verdade.
– Ué, onde você aprendeu isso?
– Eu li um livro que fala que se você não se ama, não consegue amar a mais ninguém.
– Cumpadre, diga-me uma coisa: você é o que gostaria de ser? Ou seja, não tem nada mais para mudar em você?
– Bem... eu tenho cá umas coisas que eu não gosto e sei que preciso mudar.
– Então você não pode se amar. Se você se ama assim mesmo está anulando a própria evolução. Olha, cumpadre, o hipócrita é o que mais ama a si mesmo, e sabe porque? É que ele não enxerga os próprios defeitos; isso se chama egoísmo.
– Não entendi... Por que egoísmo?
– Cumpadre, quando você ama a si mesmo sem estribeiras, automaticamente deixa de amar o próximo.
– Ainda não entendi...
– Se você se aceita como é e não luta para melhorar, o teu comportamento vai causar desconforto para quem convive com você. Isso é falta de caridade, e onde não há caridade prevalece o egoísmo.
– É mesmo, minha mulher reclama que eu sou teimoso e que não dou ouvidos ao que ela fala.
– Tá vendo! Como você pode amar a si mesmo sendo desse jeito?
– É mesmo... mas por que Jesus afirmou: "Ame ao teu próximo como a ti mesmo."
– Naquela época os homens eram quase todos egoístas, o amor a si mesmo era prática comum, por isso Jesus usou esse termo, porém, mais adiante, para os amadurecidos espiritualmente, ele afirmou: "Renuncie a si mesmo e siga-me.", hoje sabemos através do Espiritismo, que renunciar a si mesmo é o grande passo da nossa evolução, e só conseguiremos desenvolver o amor por nós quando passamos a amar o nosso próximo. A frase correta seria: quem não consegue amar ao próximo; jamais conseguirá amar a si mesmo.
– Cumpadre, você é fogo! Mas... sou obrigado a reconhecer que você está certo. Pela manhã, eu vinha conversando comigo mesmo sobre me amar, já estava até gostando de mim do jeito que eu sou, mas agora tenho que admitir, se eu não corrigir minha rabugice quem vai sofrer é a minha mulher. Mas, se eu mudar, vou demonstrar que a amo e estarei contribuindo para a sua felicidade.
– Tá vendo, cumpadre? Essa tar de psicologia moderna é adaptada para o "Bom Viver" e não para o Viver Bem!
– É, cumpadre, temos que raciocinar sobre o que estamos lendo; as palavras bonitas podem estar escondendo coisa feia.
– Cada qual escreve o que consegue enxergar e outros escrevem apenas o que interessa para eles. Nem sempre o que enxergam é a realidade; e o que lhes interessa, nem sempre é bom para o leitor.
– Eu vi na televisão um editor falá que o livro é uma opção de lazer, você concorda?
– É, cumpadre, existem livros que nem como lazer deveriam ser oferecidos, ou até mesmo divulgados. Mas o poder econômico acaba impondo seus produtos com belas capas e temas que atraem o leitor pelas emoções e não pela razão. Com isso, acabam se impondo através de uma propaganda sedutora e muito bem elaborada.
– Quem me indicou esse livro foi dona Marieta, fiquei animado quando ela afirmou: "Cumpadre, agora eu sou feliz! Estou aprendendo a me amar, até agora eu só vivia ajudando os outros, agora estou cuidando de mim, estou construindo a auto-estima".
– É, cumpadre, ajudar a si mesmo é renovar-se desenvolvendo a caridade em nossos corações.
– Tô com você, cumpadre! Obrigado, tô indo. Tchau.
– Tchau, cumpadre, dê um beijo na patroa.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Morre Lentamente

Morre lentamente


Morre lentamente quem não sorri para uma nova manhã, quem esqueceu de olhar as estrelas na noite anterior e quem não se encanta com a grandiosidade da natureza à sua volta.

Morre lentamente quem não encontra graça em si mesmo, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão seu guru, ou sua única companhia.

Morre lentamente quem não toma iniciativa alguma quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca nem um pouco que seja, para ir atrás de um sonho.

Morre lentamente quem passa os dias se queixando de sua má sorte ou da chuva incessante ou do sol intenso.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, quem não pergunta sobre um assunto que desconhece, ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Morre lentamente quem não mais agradece a Deus pelos filhos que lhe deu, ou pelos pais que o receberam neste mundo.

Morre lentamente quem não retribui o sorriso de um bebezinho, e quem não acha fascinante a forma pela qual chegamos todos a este mundo.

Morre lentamente quem não abraça, quem não beija, quem não expressa carinho de alguma forma – mesmo que através de um olhar.

Morre lentamente quem é adepto de expressões como Este mundo não tem jeito mesmo, ou A coisa está cada dia pior.

Morre lentamente quem se desespera com a perda de um amor, e não consegue perceber que há muitos que podem ser amados por nós, e muitos que podem nos amar profundamente.

Morre, sem perceber, dia após dia, quem não se dedica à felicidade de alguém, quem não se doa, quem não divide o que tem - material e espiritualmente – com outras pessoas.
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Vivo para que o sol tenha sentido, e é minha luminiscência que ele espelha e devolve ao orbe, agradecido.

Vivo para que a chuva lave o ar, e leve volte ao éter com meu perfume elegante, de árvore vigorosa de seiva sã.

Vivo para que o amor tenha vazão, e não deseje razão – pois de condição o amar não precisa.

Vivo para florescer outros jardins, e sem perceber o meu se abarrota de lírios, ciclames, girassóis...

Vivo cada dia como se fosse cada dia. Nem o último nem o primeiro - o único.
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Redação do Momento Espírita

Prece A Mãe Santissima

PRECE A MÃE SANTÍSSIMA


Mãe Santíssima!...

Enquanto as mães do mundo são reverenciadas, deixa te recordemos a pureza incomparável e o exemplo sublime...

Soberana, que recebeste na palha singela o Redentor da Humanidade, sem te rebelares contra as mães felizes, que afagavam espíritos criminosos em palácios de ouro, ensina-nos a entesourar as bênçãos da humanidade.

Lâmpada de ternura, que apagaste o próprio brilho para que a luz do Cristo fulgurasse entre os homens, ajuda-nos a buscar na construção do bem para os outros o apoio de nossa própria felicidade.

Benfeitora, que te desvelaste, incessantemente, pelo Mensageiro da Eterna Sabedoria, sofrendo-lhe as dores e compartilhando-lhe as dificuldades, sem qualquer pretensão de furta-lo aos propósitos de Deus, auxilia-nos a extirpar do sentimento as raízes do egoísmo e da crueldade com que tantas vezes tentamos reter na inconformação e no desespero os corações que mais amamos.

Senhora, que viste na cruz da morte o Filho Divino, acompanhando-lhe a agonia com as lágrimas silenciosas de tua dor, sem qualquer sinal de reclamação contra os poderes do Céu e sem qualquer expressão de revolta contra as criaturas da terra, conduze-nos para a fé que redime e para a renúncia que eleva.

Missionária, salva-nos do erro.

Anjo, estende sobre nós a níveas asas!...

Estrela, clareia-nos a estrada com teu lume...

Mãe querida, agasalha-nos a existência em teu manto constelado de amor!...

E que todas nós, mulheres desencarnadas e encarnadas em serviço na terra, possamos repetir, diante de Deus, cada dia, a tua oração de suprema felicidade:

“- Senhor, eis aqui tua serva, cumpra-se em mim segundo a tua palavra”.
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Anália Franco
Chico Xavier
Livro: Vozes do Grande Além