terça-feira, 6 de setembro de 2011


Um comentário:

  1. A alma após a Morte
    149. Em que se torna a alma no instante da morte?
    “Torna-se Espírito; isto é, entra no mundo dos Espíritos, que havia deixado momentaneamente.”
    150. Depois da morte a alma conserva sua individualidade?
    “Sim; jamais a perde. Que seria ela se não a conservasse?”
    Como constata a alma a sua individualidade, se não tem mais o corpo material?
    “Tem ainda um fluido que lhe é próprio, colhido na atmosfera de seu planeta e que representa a sua aparência de sua última encarnação: seu perispírito.”
    Daqui de baixo nada leva a alma consigo?
    “Nada alem da lembrança e do desejo de passar a um mundo melhor. Esta lembrança é cheia de doçura ou de amargura, conforme o emprego que haja feito da vida. Quanto mais pura, tanto melhor compreende a futilidade daquilo que deixou na Terra.”
    151. Que pensar da opinião segundo a qual após a morte a alma entra no todo universal?
    “E o conjunto dos Espíritos não formam um todo? Não é um mundo completo? Quando estás numa assembléia és parte integrante da mesma; entretanto, tens sempre a tua personalidade.”
    152. Que prova podemos ter da individualidade da alma após a morte?
    “Não tendes esta prova pelas comunicações que obtendes? Vereis, desde que não sejas cegos; e se não fordes surdos, escutareis, porque muitas vezes vos fala uma voz, revelando a existência de um ser que vos é exterior.”
    Os que pensam que, com a morte entra a alma no todo universal, cometem um erro se por isso entendem que, como uma gota d´água no Oceano, a alma perde a sua individualidade; estão certos se entendem pelo todo universal o conjunto dos seres incorpóreos dos quais cada alma ou Espírito é um elemento.
    Se as almas se confundissem na massa, teriam apenas as qualidades do conjunto e nada as distinguiria uma das outras: nem teriam inteligência nem qualidades próprias; ao passo que, em todas as comunicações, elas revelam a consciência do Eu e uma vontade distinta.
    A infinita diversidade que apresentam, sob, todos os aspectos, é conseqüência mesma das individualidades. Se,após a morte, houvesse apenas aquilo que se chama o grande Todo, absorvente de todas as individualidades, o Todo seria uniforme e desde então idênticas todas as comunicações recebidas do mundo invisível.
    Desde que aí encontramos seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e desventurados; desde que os há de todos os caracteres: alegres e tristes, levianos e profundos, etc, é evidente quando estes seres provam a identidade por meio de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à sua vida terrena, o que pode ser constatado.
    Ela não pode ser posta em dúvida quando eles se manifestam visíveis nas aparições. A individualidade da alma foi-nos ensinada em teoria, como um artigo de fé.
    O Espiritismo a torna patente e, de certo modo, material.
    Trecho extraído do “Livro dos Espíritos”
    Allan Kardec

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