quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A  JESUS

Auta De Souza

Mestre e Senhor!
Protege os desgraçados
Que se vão sem
conforto e sem guarida,
Nas grandes
tempestades dessa vida,
No turbilhão da dor
e dos pecados.

Ascendem para os
céus todos os brados
Da alma humana
cansada e dolorida!
Balsamiza, com amor,
toda a ferida
Que punge o coração
dos degredados;

Degredados na terra
tenebrosa,
Terra da sombra
estranha e dolorosa,
Recamada de prantos
e espinhos!

Ampara, meu Jesus,
quem vai chorando,
Entre dores e
acúleos, soluçando,
Na miséria de todos
os caminhos.


Livro: LIRA I

A  JESUS

Auta De Souza

Mestre e Senhor!
Protege os desgraçados
Que se vão sem
conforto e sem guarida,
Nas grandes
tempestades dessa vida,
No turbilhão da dor
e dos pecados.

Ascendem para os
céus todos os brados
Da alma humana
cansada e dolorida!
Balsamiza, com amor,
toda a ferida
Que punge o coração
dos degredados;

Degredados na terra
tenebrosa,
Terra da sombra
estranha e dolorosa,
Recamada de prantos
e espinhos!

Ampara, meu Jesus,
quem vai chorando,
Entre dores e
acúleos, soluçando,
Na miséria de todos
os caminhos.


Livro: LIRA IMORTAL   -  Francisco Cândido XavierMORTAL   -  Francisco Cândido Xavier




















3 comentários:

  1. "NA NOITE DE NATAL"


    "(...)Dentro da noite, há corações ao lume
    E há sempre um bolo, em vagas de perfume,
    Sob claro dossel...
    Em edens fechados de carinho,
    De esperança e de mel.

    Mas, lá fora, a tristeza continua...
    Há quem chora sozinho, em plena rua,
    Ao pé da multidão;
    Há quem clama piedade e passa ao vento,
    Ralado de tortura e sofrimento,
    Sem a graça de um pão.

    Há quem contempla o céu maravilhoso,
    Rogando à morte a bênção do repouso
    Em terrível pesar!
    Ah! Como é triste a imensa caravana,
    Que segue, aflita, sob a treva humana
    Sem consolo e sem lar...

    Tu, que aceitaste a luz renovadora
    Do Rei que se humilhou na manjedoura
    Para amar e servir,
    Volve o olhar compassivo à senda escura,
    Vem amparar os filhos da amargura,
    Que não podem sorrir.

    Desce do pedestal que te levanta
    E estende a mão miraculosa e santa
    Ao desalento atroz;
    Para unir-nos no Amor, fraternalmente,
    Desceu Jesus do Céu Resplandecente
    E imolou-se por nós.

    Vem medicar quem geme na calçada!...
    Oferece à criança abandonada
    Um velho cobertor;
    Traze a quem sofre a lúcida fatia
    Do teu prato de sonho e de alegria,
    Temperado de amor.

    Visita as chagas negras da mansarda
    Onde a miséria súplice te aguarda
    Em nome de Jesus,
    Há muita criança enferma, quase morta,
    Que só pede um sorriso brando à porta,
    Para tornar à luz.

    Natal!... Prossegues o Mestre, de viagem,
    Em vão buscando um quarto de estalagem,
    Um ninho pobre, em vão!...
    E encontra sempre a cruz, ao fim da estrada,
    Por não achar socorro, nem pousada
    Em nosso coração."
    (Carmen Cinira, na obra "Antologia Mediúnica do Natal",

    Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

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  2. A MANJEDOURA

    As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.
    A Manjedoura foi o Caminho.
    A exemplificação era a Verdade.
    O Calvário constituía a Vida.
    Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.
    É por isso que, emaranhados no cipoal da ambição menos digna, os povos modernos, perdendo o roteiro da simplicidade cristã, desgarra-se da estrada que os conduziria à evolução definitiva, com o Evangelho do Senhor. Sem ele, que constitui o assunto de todas as ciências espirituais, perderam-se as criaturas humanas, nos desfiladeiros escabrosos da impiedade.
    Debalde, invoca-se o prestígio das religiões numerosas, que se afastaram da Religião Única, que é a Verdade ou a Exemplificação com o Cristo.
    Com as doutrinas da Índia, mesmo no seio de suas filosofias mais avançadas, vemos os párias miseráveis morrendo de fome, à porta suntuosa dos pagodes de ouro das castas privilegiadas.
    Com o budismo e com o xintoísmo, temos o Japão e a China mergulhados num oceano de metralha e de sangue.
    Com o Alcorão e com o judaísmo, temos as nefandas disputas da Palestina.
    Com o catolicismo, que mais de perto deveria representar o pensamento evangélico, na civilização ocidental, vemos basílicas suntuosas e frias, onde já se extinguiram quase todas as luzes da fé. Aí dentro, com os requintes da ciência sem consciência e do raciocínio sem coração, assistimos as guerras absurdas da conquista pela força, identificamos o veneno das doutrinas extremistas e perversoras, verificamos a onda pesada de sangue fratricida, nas revoluções injustificáveis, e anotamos a revivescência das perseguições inquisitórias da Idade Média, com as mais sombrias perspectivas de destruição.
    Um sopro de morte atira ao mundo atual supremo cartel de desafio.
    Não obstante o progresso material sente a alma humana que sinistros vaticínios lhe pesam sobre a fronte. É que a tempestade de amargura na dolorosa transição do momento significa que o homem se mantém muito distante da Verdade e da Vida.
    As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura... Sem ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da fraternidade e da paz. Sem ele, tudo serão perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade.

    EMMANUEL

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  3. NA NOITE DE NATAL"


    "(...)Dentro da noite, há corações ao lume
    E há sempre um bolo, em vagas de perfume,
    Sob claro dossel...
    Em edens fechados de carinho,
    De esperança e de mel.

    Mas, lá fora, a tristeza continua...
    Há quem chora sozinho, em plena rua,
    Ao pé da multidão;
    Há quem clama piedade e passa ao vento,
    Ralado de tortura e sofrimento,
    Sem a graça de um pão.

    Há quem contempla o céu maravilhoso,
    Rogando à morte a bênção do repouso
    Em terrível pesar!
    Ah! Como é triste a imensa caravana,
    Que segue, aflita, sob a treva humana
    Sem consolo e sem lar...

    Tu, que aceitaste a luz renovadora
    Do Rei que se humilhou na manjedoura
    Para amar e servir,
    Volve o olhar compassivo à senda escura,
    Vem amparar os filhos da amargura,
    Que não podem sorrir.

    Desce do pedestal que te levanta
    E estende a mão miraculosa e santa
    Ao desalento atroz;
    Para unir-nos no Amor, fraternalmente,
    Desceu Jesus do Céu Resplandecente
    E imolou-se por nós.

    Vem medicar quem geme na calçada!...
    Oferece à criança abandonada
    Um velho cobertor;
    Traze a quem sofre a lúcida fatia
    Do teu prato de sonho e de alegria,
    Temperado de amor.

    Visita as chagas negras da mansarda
    Onde a miséria súplice te aguarda
    Em nome de Jesus,
    Há muita criança enferma, quase morta,
    Que só pede um sorriso brando à porta,
    Para tornar à luz.

    Natal!... Prossegues o Mestre, de viagem,
    Em vão buscando um quarto de estalagem,
    Um ninho pobre, em vão!...
    E encontra sempre a cruz, ao fim da estrada,
    Por não achar socorro, nem pousada
    Em nosso coração."
    (Carmen Cinira, na obra "Antologia Mediúnica do Natal",

    Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

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