terça-feira, 3 de abril de 2012

O VALOR DA DOR


Estamos sempre procurando formas para encarar e enfrentar fatos que nos são colocados na vida e com os quais devemos conviver, baseados em nosso aprendizado.
Estamos sempre buscando forças para quebrar nosso orgulho e estendermos a mão em busca de auxílio.
Estamos sempre procurando compreender, entender e aceitar a vida, a morte, o nascer e o renascer, e dentre estes vários estágios, crescer e burilar nosso espírito.
E, nesta sede incessante de aprender e evoluir, muitas vezes nos perdemos na incerteza e na dor, na incompreensão dos fatos, no vazio de nossos atos, na mente que nos desmente, quando a dor nos bate à porta...
Nesta hora entretanto o homem busca a Palavra Maior, a Porta Aberta, a Mão Estendida, onde se agarra, louco por entendimento, sabedoria, e encontra dentro do seu próprio íntimo respostas, pois em cada jornada finda, em cada morrer, em cada renascer defronta-se com fagulhas de um Deus bondoso, amoroso, justo e fraterno que o abraça com amor, o envolve em sua luz, restabelece suas forças e a cada passo vencido, a cada luta ganha, lhe dá sempre novas oportunidades de cair, de levantar, de nascer e renascer em busca de perfeição.
O homem encontra a fortaleza, a inteligência, a evolução e o conhecimento dentro do próprio homem, desde que tenha a coragem de caminhar sempre, nascendo, morrendo, renascendo em uma luta contínua pela reforma íntima, almejando sempre encontrar seu próprio reino, o reino da consciência tranquila... do dever cumprido... o reino da paz interior...

11 comentários:

  1. Convite à Perseverança
    "...Mas quem perseverar até o
    fim, esse será salvo."
    (Mateus: 10-22).
    Não asseveres: "é-me impossível fazer!"

    Nem redargas: "Não consigo!"

    Nunca informes: "sei que é totalmente inútil aceitar."

    Nem retruques: "é maior do que as minhas forças."

    Para aquele que crê, o impossível é tarefa que somente demora um pouco para ser realizada, já que o possível se pode realizar imediatamente.

    Instado a ajudar não te permitas condições, especialmente se fruis o tesouro da possibilidade.

    Fácil ser delicado sem esforço, ser amigo sem sacrifício, ser cristão sem auto-doação...

    Perseverança nos objetivos elevados, com oferenda de amor, é materialização de fé superior.

    Para que seja atuante, a fé deve nutrir-se do poder dos esforços caldeados para as finalidades que parecem inatingíveis.

    Todos podem iniciar ministérios...

    Tarefas começantes produzem entusiasmos exaltados.

    Mede-se, porém, o verdadeiro cristão e, particularmente, o espírita pelo investimento que coloca na bolsa de valores imortalistas a render juros de paz...

    Unge-se, portanto, de fé e deixa que resplandeça a tua fidelidade ao lado de quem padece.

    Não fosse o sofrimento, ninguém suplicaria socorro.

    Não fosse a angústia ninguém se encorajaria a romper os tecidos da alma para exibir exulcerações...

    Ninguém se compraz carregando demorada canga, não obstante, confiando em alívio, lenitivo...

    Nas cogitações que te cheguem ao plano da razão, interroga como gostarias que fizessem contigo se foras o outro, o sofredor, o necessitado que ora te roga ajuda.

    Assim, envolve-te na lã do "Cordeiro de Deus" e persevera ajudando.

    Não somente dando o que te sobra mas aquela doação maior que te parece difícil, a quase impossível...

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  2. Não Merecem

    Guarde-se do mal e defenda-se dele com a realização do bem operante. O mal não merece consideração.
    Há muito que fazer, valorizando a oportunidade de serviço que surge inesperada.
    A intriga não merece a atenção dos seus ouvidos.
    A injúria não merece o respeito da sua preocupação.
    A ingratidão não merece o zelo da sua aflição.
    O ultraje não merece o seu revide verbalista.
    A mentira não merece a interrupção das suas nobres tarefas.
    A exasperação não merece o seu sofrimento.
    A perseguição gratuita não merece a sua solicitude.
    A maledicência não merece o alto-falante da sua garganta.
    A inveja não merece o tempo de que você necessita para o trabalho nobre.

    Os maus não merecem a sua inquietação.
    Entregue-os ao tempo benfazejo.

    Abra os braços ao dever, firme-se no solo do serviço, abrace-se à cruz da responsabilidade, recordando o madeiro onde expirou o Cristo e, em perfeita magnitude, desafie a fúria do mal.
    O lídimo cristão é fiel servidor.

    Você tem somente um amo a quem prestará contas: Jesus!

    Preocupado com o que deve fazer, não pare a escutar os que não têm o que fazer ou nada querem fazer.
    Transformando-se em antena viva da inspiração superior, registre o ensinamento evangélico do amor, no coração, viva-o na ação e prossiga sem medo.

    Você sabe que em toda seara existem abelhas diligentes e marimbondos destruidores. Também, não ignora “que os maus por si mesmos se destroem”, como afirma a sabedoria popular.

    Identifique no obstáculo o ensejo iluminativo e não se detenha.

    Por essa razão, enquanto a ventania açoita, guarde a sua fé robusta e, sem dar atenção ao mal, esteja acautelado, porque, não descendo às ondas mentais dos maus, você paira inatingível nas vibrações superiores das Altas Potências da Vida. Doe amor e, assim, faça o bem, para que não venha “a responder por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem”.
    Autor: Marco Prisco.

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  3. Rogativa do Servo

    Senhor!
    Dá-nos a força, mas não nos deixes humilhar
    os mais fracos.
    Dá-nos a luz da inteligência, no entanto,
    ensina-nos a auxiliar aos
    irmãos que jazem nas sombras.
    Dá-nos a calma, contudo,
    não nos consintas viver na condição
    das águas paradas.
    Dá-nos a paciência, entretanto, não
    nos relegue à inércia.
    Dá-nos a fé, mas não nos permitas
    o cultivo da intolerância.
    Dá-nos a coragem, no entanto,
    livra-nos da imprudência.
    Concede-nos, por fim, o conhecimento da harmonia
    e da perfeição que devemos buscar; não nos deixes,
    porém, na posição da Vênus de Milo,
    sempre maravilhosamente bela,
    diante do Mundo, mas sem braços
    para servir a ninguém.

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  4. Princípios Redentores
    Não se esqueça de que Deus é o tema
    central de nossos destinos.
    Deseje o bem dos outros, tanto quanto
    deseja o próprio bem.
    Concorde imediatamente
    comos adversários.
    Respeite a opinião dos vizinhos.
    Evite contendas desagradáveis.
    Empreste sem aguardar restituição.
    Dê seu concurso às boas obras com alegria.
    Não se preocupe com os caluniadores.
    Agradeça ao inimigo pelo valor
    que ele lhe atribui.
    Ajude as crianças.
    Não desampare os velhos e doentes.
    Pense em você, por último,
    em qualquer jogo de benefícios.
    Desculpe sinceramente.
    Não critique ninguém.
    Repare seus defeitos, antes de
    corrigir os alheios.
    Use a fé e a prudência.
    Aprenda a semear, preparando boa ceifa.
    Não peça uvas ao espinheiro.
    Liberte-se do peso de excessivas convenções.
    Cultive a simplicidade.
    Fale o menos possível, relativamente
    a você e a seus problemas.
    Estimules as qualidades
    nobres dos companheiros.
    Trabalhe no bem de todos.
    Valorize o tempo.
    Estimule as qualidades
    nobres dos companheiros.
    Trabalhe no bem de todos.
    Valorize o tempo.
    Metodize o trabalho, sabendo que
    cada dia tem as suas obrigações.
    Não se aflija.
    Sirva toda gente sem prender-se.
    Seja alegre, justo e agradecido.
    Jamais imponha seus pontos de vista.
    Lembre-se que o mundo não foi
    feito apenas para você.
    As ciências sociais de hoje apresentam semelhantes princípios como novidades.
    No entanto, são antigos. Chegaram
    à Terra com o Cristo,
    há quase vinte séculos.
    Nós outros, porém, espíritos atrasados
    no entendimento, somos ainda
    tardios na aplicação.
    _ André Luiz_

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  5. Nas Conversações

    Não se irrite com o interlocutor, se não lhe corresponde à expectativa.

    Talvez não tenha sido você suficientemente claro na expressão.

    Se o interpelado não atende, de pronto, cale as reclamações. É
    provável que ele seja gago e, se não o for, a descortesia é uma
    infelicidade em si mesma.

    Quando alguém não lhe der a informação solicitada, com a presteza
    que você desejaria, não se aborreça. Recorde que a surdez pode atacar a
    todos.

    Evite os assuntos desconcertantes para o ouvinte. Todos temos zonas
    nevrálgicas no destino sobre as quais precisamos fazer silêncio.

    Não pergunte a esmo. Quem muito interroga, muito fere.

    Cultive a delicadeza com os empregados de qualquer instituição ou
    estabelecimento, onde você permaneça de passagem. Sua mente, quase
    sempre, está despreocupada em semelhantes lugares e ignora os problemas
    de quem foi chamado a servi-lo.

    Seja leal, mas fuja à franqueza descaridosa. A pretexto de ser
    realista, não pretenda ser mais verdadeiro que Deus, somente de cuja
    autoridade amorosa recebemos as revelações e trabalhos de cada dia.

    Se o companheiro lhe fere o ouvido com má resposta, tenha calma e
    espere o tempo. Possivelmente já respondeu com gentileza noventa e nove
    vezes a outras pessoas, ou, talvez, acabe de sofrer uma perda
    importante.

    Ajude, conversando. Uma boa palavra auxilia sempre.

    Lembre-se de que o mal não merece comentário em tempo algum.

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  6. Estudando o Perdão

    O Pai Excelso esculpiu potencialmente
    na alma de todos
    os seus filhos a beleza e a sublimidade da
    Sua Lei a expressar-se
    não somente em Amor infinito para
    todos os seres, mas igualmente
    em dignidade para todas as criaturas.
    Em razão disso, a Misericórdia Divina
    atende a múltiplos meios
    de auxilio, desdobrando-os em favor
    dos espíritos sofredores
    e transviados, promovendo a criação
    de obstáculos que refazem a
    esperança, de lutas que desenvolvem
    faculdades entorpecidas,
    de aflições que impulsionam a procura da
    paz e de dores que recuperam
    e reeducam; todavia, o entendimento mais
    abtuso e a sensibilidade
    mais empedernida em acordando,
    um dia, para a realidade,
    contemplam a si mesmo e suspiram pela respeitabilidade espíritual
    que legitima o selo da elevação...
    E o primeiro impulso que lhes orienta
    o novo roteiro é justamente aquele do
    homem irrepreensível que busca o resgate
    dos próprios débitos, levantando
    o caráter perante a luz.
    Ainda mesmo que a dívida lhes reclame
    séculos de tormento,
    ao tormento se entregam, renovados e
    confiantes, na certeza de
    que o tempo, como graça de Deus, lhes
    facultará possibilidade e
    socorro para que se refaçam.
    o perdão, na vida, qual ocorre na
    organização bancária do mundo,
    será empréstimo de recursos, moratória
    benevolente, reforma de
    compromissos e aval generoso e nobre,
    com bases na solidariedade e na tolerância,
    porque, em verdade pura,
    consciência nenhuma, quando voltada
    ao bem, deseja inocentar-se e, agora,
    hoje ou amanhã, consagra-se
    a pagar seus débitos no mundo para
    reerguer-se, limpa, ante a Justiça eterna que
    coroa de luz quem lavou, por fim,
    o mal das suas próprias contas,
    em ceitil por ceitil.

    ***Emmanuel*

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    1. O Amor é mais sensível,
      a Amizade mais segura.
      O Amor nos dá asas,
      a Amizade o chão.
      No Amor há mais carinho,
      na Amizade compreensão.
      O Amor é plantado
      e com carinho cultivado,
      a Amizade vem faceira,
      e com troca de alegria e tristeza,
      torna-se uma grande e querida
      companheira.
      Mas quando o Amor é sincero
      ele vem com um grande amigo,
      e quando a Amizade é concreta,
      ela é cheia de amor e carinho.
      Quando se tem um amigo
      ou uma grande paixão,
      ambos sentimentos coexistem
      dentro do seu coração.

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  7. Amor pela dor

    Em nome do amor, há crianças desamparadas,
    velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes
    privações, e almas feridas entre pesadelos e
    aflições irremediáveis...
    Em nome do amor, há quem abandone o
    santuário doméstico, relegando os vínculos
    da sua redenção a temporário esquecimento...
    Em nome do amor, há quem se confie a
    tragédias passionais, investindo contra o
    objeto da própria devoção afetiva,
    através da delinquência e da morte...
    Em nome do amor, há quem provoque separação
    e desespero, portas a dentro do lar, convetendo-o
    em inferno de lágrimas a quatro paredes...
    Em nome do amor, há quem menospreze o próprio
    corpo, arrojando-se a despenhadeiros de remorso
    e sofrimento, pelo desvão do suicídio...
    Em nome do amor, há crianças desamparadas,
    velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes
    privações, e almas feridas entre pesadelos e
    aflições irremediáveis...
    Entretanto, semelhantes delitos, em nome da luz
    que equilibra o Universo, são perpetrados pela
    violência e pelo ciúme, pela cegueira e pela
    incompreensão do egoísmo - o apego desvairado
    a nós mesmos - , em cuja concha de trevas
    habitualmente nos ocultamos, fugindo à
    excelsitude do amor genuíno pelo amor de sofrer.
    Aceitemos a luta por instrutora de nossa
    existência, como quem sabe que nada existe sem preço. Adquiramos o tesouro do amor pelo
    aproveitamento da dor.
    Recebamos as lições da renúncia e o próprio
    sacrifício por jorros de claridade celeste, nas
    sombras de nosso "eu", e, aprendendo que mais
    vale dar que receber, o amor transformará a face
    de nossos destinos, porque tomará nosso coração
    por trono de sua glória e, ensinando-nos a entender
    e ajudar a todos, fará de nossa vida o santuário resplandecente e sublime da Vontade Justa e Misericordiosa de Deus.

    ***Emmanuel***

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  8. Proteção

    O trabalho que tens
    Veio do amor de Deus.

    A tentação que sofres
    É a prova que te apura.

    O parente dificil
    É um teste para o bem.

    Doença que te aflija
    Reajusta-te o Ser.
    Recorda a tempestade
    Renegerando a vida.

    Por trás de todo mal
    Brilha a bênção de Deus.

    Defesa

    Se a provação te busca
    Nao desanimes. Segue...

    O dever a cumprir
    É refugio a guardar-te.

    No calor do serviço
    A sombra se desfaz...

    O buril contra a pedra
    É a força que a promove.
    A dor aproveitada
    É sempre amparo oculto.

    Sofre com paciência
    Deus te oferta o melhor.

    ***Emmanuel***

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  9. Deus em Nós

    “Deus é Amor: aquele que permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele.” ( I João, 4:16 )

    Geralmente, julgamos que entre nós e Deus há uma incomensurável distância. Contudo, se olharmos para dentro de nós mesmos e lembrarmos que temos uma alma, uma centelha divina emanada do Criador, compreenderemos que todos somos ou temos um pouquinho de Deus em nós. As potencialidades do Criador estão inseridas em nossa alma, mas em estado embrionário, cabendo a nós desenvolvê-las.

    Quando nos esforçarmos pela conquista do amor puro que devemos cultivar, essa centelha divina passará a brilhar e a emanar de dentro de nós, como essência divina para envolver e perfumar aqueles que à nossa volta possam estar.

    Por isso disse Jesus aos seus Apóstolos: “Vós sois deuses e não o sabeis.” Porém, nem todos se apercebem dessa realidade e, ao transitarem na vida por caminhos tortuosos do desregramento moral, acabam por ofuscar o brilho dessa centelha luminosa que trazemos nas entranhas do nosso ser.

    Cultiva pois, filho querido, muito amor dentro de ti, para que possas sentir a presença de Deus em tua própria vida, em teus pensamentos e sentimentos, em tudo o que venhas a fazer ou dizer.

    À medida em que perceberes Deus em ti, reconhecerás a necessidade de amar a todos sem distinção, com aquele amor que sabe respeitar as diferenças entre as criaturas, sem se importar como sejam ou deixem de ser.

    Ama, enfim, com aquela pureza de sentimentos que somente o verdadeiro amor pode proporcionar, para que consigas transformar em atos de caridade, todas as ações que vieres a praticar.

    Na convivência diária com os irmãos de caminhada, seja dentro ou fora do lar, é o momento de pores em prática o verdadeiro amor.

    Se souberes sentir que Deus está presente em ti, como está em todos nós, saberás perdoar e entender, amparar e abençoar, transformando o teu viver numa sinfonia de amor, em que as notas sublimes executadas por teus bons atos, revelem toda a beleza que a tua alma possa ter conquistado para a glória do teu ser, numa plena integração com Deus, teu e nosso Criador.

    Irmã Maria do Rosário

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  10. Uma segunda chance


    O filho busca o pai no aeroporto. Entre sorrisos, se abraçam. Entram no carro.
    Enquanto rodam pela estrada, o pai vai observando os detalhes da paisagem e, ao contemplar um menino tentando se equilibrar na bicicleta, viaja no tempo e confessa:
    Como o tempo passa rápido... ainda ontem você era uma criança. Agora... ei-lo um homem feito. Já não sou eu quem o busca, é você quem dirige o carro e me conduz. Sabe, filho, acho que deveria ter trabalhado menos para ver você crescer.
    E, num quase desabafo, completa: Gostaria de ter uma segunda chance.
    O rapaz sorri e, tranquilo, fala, como quem deseja acalmar a angústia paterna:
    Tudo bem, pai. Você tem uma segunda chance.
    E, apontando a esposa grávida, que os aguarda em frente à casa, onde acaba de estacionar o carro, complementa: Ele vai se chamar Gabriel.
    * * *
    As cenas demonstram ternura. Nenhuma reprovação.
    Às vezes, amargamos a existência, fixados no passado, porque, em nossa infância, nossos pais não estiveram tão presentes quanto teríamos almejado.
    Podemos chegar a culpá-los pelos nossos eventuais fracassos do agora. No entanto, se ausências ocorreram é de nos perguntarmos o que preocupava nossos pais, naquela época. Quase sempre, nos esquecemos das lutas insanas, das horas dedicadas ao trabalho para nos prover o pão, o agasalho, o conforto de uma casa, o pagamento da faculdade, as viagens de estudo e de lazer.
    Sim, talvez pudéssemos ter abdicado de tantas coisas e teríamos preferido que eles estivessem ao nosso lado.
    Contudo, lhes dissemos isso em algum momento ou simplesmente exigíamos mais e mais, em nossos sonhos de adolescentes e jovens?
    Que os pais fazem falta aos filhos é verdade inconteste. Entretanto, que não os culpemos por tudo, inclusive pela nossa incapacidade de compreender, de desculpar e perdoar as suas possíveis faltas.
    Todos os pais conscientes procuram fazer o melhor para os seus filhos. Se falham, não o fazem de forma intencional.
    Enquanto inexperientes em muitas questões, detinham as preocupações da manutenção do lar, o provimento de todas as nossas necessidades, a instrução, a educação.
    Nesse rol, vez ou outra, podem ter esquecido das manifestações mais ternas do afeto.
    No entanto, por que nós, filhos que desejávamos o abraço, a presença, não lhes dissemos, não pedimos?
    Importante que se viva o momento presente, que manifestemos nossa profunda gratidão por quem nos deu tanto.
    Se nos descobrimos ainda carentes do que desejamos na infância e não tivemos, usufruamos o mais possível, agora, da presença dessas criaturas que nos deram e mantiveram a vida.
    E, se estivermos para nos tornarmos pais, ofereçamos a eles a excelente oportunidade de serem avós, permitindo-lhes um tempo mais longo com os netos, tempo que talvez tenham querido mas não puderam ter conosco. A segunda chance.
    A chance de demonstrar o grande amor que trazem em seu coração, chance de serem pais pela segunda vez.
    Ofereçamos a eles essa infinita alegria de conviver, de amar, de levar os netos a passear, de os ensinar a se equilibrarem na bicicleta, de irem ao cinema, sairem de carro...
    Tantas pequenas grandes coisas que fazem a felicidade e massageiam a alma.
    Façamos isso.

    Redação do Momento Espírita.

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