Filomena
Até aí, como se vê, tudo podia ocorrer no domínio dos fatos puramente
físicos e fisiológicos. Sem sair desse círculo de idéias, havia
matéria para estudos sérios e dignos de fixar a atenção dos sábios.
Por que isso não aconteceu? É lamentável dizer, mas isso se prende
a causas que provam, entre mil fatos semelhantes, a leviandade do
espírito humano. Por se tratar de um objeto comum, no caso a mesa
que serviu de base às primeiras experiências, provocou a estranheza
e a indiferença dos sábios. Que influência, muitas vezes, não tem uma
palavra sobre as coisas mais sérias? Sem considerar que o to poderia ser dado a um outro objeto qualquer, a idéia das mesas
prevaleceu, sem dúvida, porque esse era o objeto mais cômodo e ao
redor de uma mesa as pessoas se sentam com mais naturalidade do
que ao redor de qualquer outro móvel. Portanto, os homens de inteligência
superior são, algumas vezes, tão pretensiosos que não seria
nada impossível considerar que inteligências de elite tenham acreditado
que se rebaixariam caso se ocupassem daquilo que foi convencionado
chamar a dança das mesas. É mesmo provável que se o fenômeno
observado por Galvani o tivesse sido por homens comuns e
ficasse conhecido por um nome simples, ainda estaria rebaixado ao mesmo
plano da varinha mágica. Qual é, de fato, o sábio que não teria
julgado uma indignidade se ocupar da dança das rãs?Entretanto, alguns sábios, bastante modestos por admitir que a
natureza poderia muito bem não lhes ter dito sua última palavra, quiseram
ver, para tranqüilizar as suas consciências. Mas aconteceu que
o fenômeno nem sempre correspondeu à expectativa que tinham, e
como o fato não se produziu conforme a sua vontade e segundo seu
modo de experimentação, concluíram pela negativa.
Filomena
ResponderExcluirApesar do que
decretaram, as mesas continuaram a girar, e podemos dizer como
Galileu: “Todavia elas se movem!” Diremos mais: “É que os fatos se
multiplicaram de tal modo que hoje têm direito à cidadania e que não se
trata senão de achar-lhes uma explicação racional”.
Pode-se deduzir algo contra a realidade de um fenômeno pelo fato
de ele não se produzir de um modo sempre idêntico, atendendo à vontade
e às exigências do observador? Acaso não estão os fenômenos da
eletricidade e da química também subordinados a certas condições?
Deve-se negá-los porque não se produzem fora dessas condições? Portanto,
não há nada de surpreendente em que o fenômeno do movimento
dos objetos pelo fluido humano também tenha suas condições para se
realizar e deixe de se produzir quando o observador, colocando-se em
seu próprio ponto de vista, pretende fazer com que ele se realize conforme
o seu capricho ou submetê-lo às leis dos fenômenos conhecidos,
sem considerar que para os fatos novos pode e deve haver novas leis?
Portanto, para conhecer essas leis é preciso estudar as circunstâncias
em que os fatos se produzem, e esse estudo só pode ser fruto de uma
observação perseverante, atenta e às vezes muito longa.
Mas algumas pessoas alegam que muitas vezes há fraudes evidentes
Em primeiro lugar, devemos perguntar se estão bem certas disso e
ResponderExcluirse não tomaram por fraudes os efeitos que não conseguiram entender,
como o camponês que confundiu um sábio professor de física realizando
experiências como um mágico habilidoso. Mas, mesmo supondo que a
fraude pudesse acontecer algumas vezes, seria razão para negar o
fato? Deve-se negar a física porque há ilusionistas e mágicos que dão
a si mesmo o título de físicos? Aliás, é preciso levar em conta o caráter
das pessoas e o interesse que podiam ter em enganar. Então seria
um gracejo? Admite-se que uma pessoa possa se divertir por um instante,
mas uma brincadeira indefinidamente prolongada seria tão cansativa
para o mistificador quanto para o mistificado. De resto, numa
mistificação que se propaga de um lado a outro do mundo e entre
pessoas mais sérias, mais veneráveis e mais esclarecidas, haveria
algo tão extraordinário quanto o próprio fenômeno."
4. O MÉTODO"
ResponderExcluir"Se os fenômenos de que nos ocupamos ficassem restritos ao movimento
dos objetos, estariam dentro, como dissemos, do domínio das
ciências físicas. Mas não foi isso que aconteceu: estavam destinados
a nos colocar no caminho de fatos de uma natureza estranha. Acreditou-
se descobrir, não sabemos por iniciativa de quem, que a impulsão
dada aos objetos não era somente produto de uma força mecânica
cega, mas que havia nesse movimento a intervenção de uma causa
inteligente. Esse caminho, uma vez aberto, revelou um campo totalmente
novo de observações: era o véu levantado de sobre muitos
mistérios. Há, de fato, um poder inteligente? Essa é a questão. Se
esse poder existe, qual é ele, qual é a sua natureza, sua origem? Ele
está acima da humanidade? Essas são as outras questões decorrentes
da primeira.
As primeiras manifestações inteligentes aconteceram por meio de
mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado
de pancadas e respondendo desse modo sim ou não, segundo fora
convencionado, a uma questão proposta. Até aí, não havia nada de convincente
para os céticos, porque se podia acreditar num efeito do acaso.
Obtiveram-se, em seguida, respostas mais desenvolvidas por meio
das letras do alfabeto: o objeto móvel, batendo um número de vezes
correspondente ao número de ordem de cada letra, chegava a formular
palavras e frases respondendo às perguntas propostas. A precisão das
respostas e sua correlação com a pergunta causaram espanto. O ser
misterioso que assim respondia, quando interrogado sobre sua natureza,
declarou que era um Espírito ou gênio, deu o seu nome e forneceu
diversas informações a seu respeito. Aqui há um fato muito importante que convém ressaltar: ninguém havia imaginado os Espíritos como um
meio de explicar o fenômeno. Foi o próprio fenômeno que se revelou.
Muitas vezes, nas ciências exatas, formulam-se hipóteses para se ter
uma base de raciocínio, mas isso não ocorreu nesse caso.
JESUS É O EXEMPLO
ResponderExcluirOs homens, em sua grande maioria, acusam a violência, mas nada fazem para expulsar as reações violentas dos seus atos. Empregam, constantemente, violência nos seus julgamentos, nas suas palavras, esquecendo-se, apesar de se dizerem cristãos, dos exemplos de mansuetude de Nosso Mestre Jesus.
A maior culpa de termos o nosso planeta Terra repleto de violência cabe a cada homem que não se compenetrou de que o Evangelho de Jesus deve ser o roteiro dos nossos dias. Se nos lembrarmos de cumprir o mandamento nele contido de amar os inimigos, com toda certeza eliminaremos o negativismo que campeia em nossos dias.
O problema do medo e da insegurança reside na falta de compreensão de que o destino de qualquer espírito é evoluir infinitamente para a perfeição.
A fim de que nossos passos sejam firmes e seguros, não nos esqueçamos: Jesus é o Exemplo.
Bezerra de Menezes