segunda-feira, 12 de julho de 2010


Julgamentos precipitados
[1]Quantas vezes já aconteceu?Um servidor dedicado, após anos de trabalho irrepreensível, comete um deslize. Logo, todos os tantos anos de dedicação são esquecidos.Sobre ele recaem acusações, desconfianças.Um amigo de infância, adolescência, juventude, alguém com o qual rimos, choramos, confiamos, comete uma pequena falha.Diz-nos um não. É o suficiente.Anos de convivência são sepultados de um só golpe.Um voluntário, que serve dedicada e perseverantemente meses, anos, sempre sorridente, feliz, um dia, por algo que lhe ocorre e o perturba, se exaspera, fala mais alto.Logo, tudo que fez até então é esquecido e somente aquele gesto de um momento de irreflexão é apontado, falado, julgado.São retratos da vida. Ocorrem em muitos lugares.E nos fazem recordar de uma história muito interessante.A de um pai que desejava ensinar aos seus quatro filhos a respeito de julgamentos.Assim, a cada um enviou em uma estação diferente do ano a uma terra distante para observar uma determinada árvore.O primeiro filho chegou no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o quarto no outono.O primeiro informou que a árvore era feia, além de seca e toda distorcida.O segundo disse que, ao contrário, a árvore estava carregada de botões, cheia de promessas.O outro filho contestou aos dois irmãos e afirmou que viu a árvore coberta de flores. Que elas tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais havia visto.Finalmente, o quarto filho falou que a árvore estava tão cheia de frutas, tão carregada de vida, que chegava estar arqueada.O pai, ponderado, explicou que todos estavam certos, no entanto, cada um deles julgara a árvore exatamente pela época do ano em que a haviam visto.Na vida, continuou, também é assim. Quase sempre somos precipitados nos julgamentos.Para julgar com acerto, compete-nos observar com atenção, colher informações detalhadas.

4 comentários:

  1. ] Dessa forma, não julguemos situações e pessoas por um momento apenas.
    Consideremos que todos passamos pelos dias desolados do inverno. Dias de tristeza, de solidão, de problemas superlativos.
    Nessa estação da vida, parecemos árvores de galhos retorcidos.
    Contudo, quando a esperança faz morada na intimidade, carregamo-nos de promessas, de botões prontos a explodirem em flores.
    Então, acenamos com cores vibrantes, flores perfumadas, graciosas que, logo mais, se transformarão em produção abundante de frutos.
    Pensemos nisso e não façamos julgamentos precipitados de situações, de pessoas, de companheiros, de amigos.
    Verifiquemos, antes, em que estação do ano estagia a alma de quem vamos julgar.
    E, se descobrirmos que o inverno envolve aquela criatura, estendamos a contribuição do sol da nossa amizade, o adubo do nosso auxílio, a proteção do nosso carinho.
    Pensemos nisso.

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  2. Decálogo da Vontade
    "Todas as virtudes e todos os
    vícios são inerentes ao Espírito".
    (Allan Kardec - E.S.E., Cap. IX, ltem 10)

    Poupe-me à tentação, antes que me fortaleça, e eu o salvarei dos vícios futuros. Ainda sou muito jovem no equilíbrio.
    Conduza-me ao dever e eu o ajudarei no caminho evolutivo. Necessito de um serviço nobre para manter-me.
    Inspire-me a caridade e eu enflorescerei as avenidas de sua alma. Tenho sede de crescimento.
    Impila-me ao trabalho e eu expulsarei de seu lar interior a preguiça destruidora. É imprescindível que ocupe minhas horas.
    Ajude-me na resistência, oferecendo-me a oração, e eu deixarei asseada sua casa mental. Requeiro imediato auxílio para não desfalecer.
    Exercite-me na inspiração do bem e eu o coroarei de luz. Tenho sido servidora da indolência e preciso de renovação.
    Procure conhecer-me com mais atenção e o farei feliz. Sou velha amiga que a indiferença venceu.
    Conceda-me nova oportunidade, quando eu tombar, e lhe darei força desconhecida. Lembre-se de que sou vulnerável à reincidência.
    Evite-me os embates muito rudes, no momento, e vencerei para a sua paz todas as forças negativas que trabalham contra você. Necessito de tempo para fortalecer-me.
    Tenha paciência comigo e, juntos, chegaremos à felicidade plena. Nasci com você e nunca nos separaremos. Ajude-me e o farei livre.

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  3. PÁGINA DE GRATIDÃO



    Meimei



    Agradeço, alma querida e boa,

    A presença e o carinho

    Com que vens partilhar a festa da amizade,

    Espargindo esperança ao longo do caminho.



    Sei que deixastes obrigações ao longe

    Para colaborar

    No alívio aos companheiros que carregam

    Solidão, abandono, infortúnio, pesar...



    Trocaste as horas de refazimento,

    De alegria e lazer,

    Para aceitar conosco o amparo aos semelhantes

    Por sublime dever.



    A ternura fraterna que nos trazes

    Lembra clarão de renascente aurora,

    Dissipando, de chofre, a sombra que domina,

    A dor que se tresmalha e a penúria que chora.



    Pôs mais rebusque o mundo das palavras,

    Não consigo compor

    A frase que enalteça ou que defina

    O teu gesto de amor.



    Por isso, digo apenas,

    Ante a luz da oração que nos bendiz:

    - Deus te guarde, alma irmã, Deus te compense,

    Deus te faça feliz!...





    Psicografia em Reunião Pública. Data – 29-8-1971.

    Local – Chá Beneficente, em favor das obras assistenciais da Comunhão Espírita Cristã,

    Em São Paulo – Capital.

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  4. Nossos irmãos

    Um pensamento de simpatia e de amor para
    os nossos irmãos que se recuperam!...
    Muitos são chamados criminosos, mas em verdade,
    foram doentes. Sofriam desequilíbrios da alma,
    que se lhes encravaram no ser, quais moléstias
    ocultas. Praticaram delitos sim... Hoje, entretanto, procuram-te a companhia, sonhando renovação.
    Amaram, ignorando que o afeto deve estar
    vinculado à harmonia da consciência e amargaram
    terrível secura em labirintos de sombra, a suspirarem
    agora pelo orvalho da luz.
    Eram sovinas e sonegavam o pão à boca faminta
    dos semelhantes; contudo, pretendem contigo,
    o reingresso na escola da Caridade.
    Acreditavam-se em regime de execução, quando o
    orgulho lhes soprava a mentira; no entanto, após resvalarem no erro, refugiam-se em tua fé,
    anelando refazimento.
    Renderam-se as tentações e foram pilhados na
    execução do mal, todavia, presentemente,
    buscam-te os olhos e apertam-te as mãos,
    ansiando esquecer e recomeçar.
    Não lhes fite o desacerto.
    Alimenta-lhes a esperança.
    Não te animarias a espancar a cabeça de quem
    estivesse a convalescer depois da loucura, nem
    cortarias a pele em cicatrizes recentes.
    Enfermos graves da alma, todos fomos ontem!...
    Rende, pois, graças a Deus, se já podes prestar
    auxilio, porque chegaste ao grau de restauração
    em que te encontras, é que, decerto, alguém
    caminhou pacientemente contigo,
    com bastante amor de servir e bastante
    coragem de suportar.

    Albino Teixeira

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