terça-feira, 13 de julho de 2010


Perg. n. 53Onde apareceu o homem, afinal?Os Espíritos o espalham por toda a superfície da Terra, alegando que isso é "uma das causas da diversidade das raças".Com isso, em cada localidade formaram-se fatores genéticos particulares, que os homens, ao se dispersar pelas diferentes regiões e climas, miscigenando-se, compartilharam com aqueles que encontraram em seu caminho...A ciência humana, contudo, situa o aparecimento do homem no continente africano, na região da Tanzânia, e mais precisamente na garganta do Olduvai e no Gande Vale do Rift, graças às descobertas antropológicas da família inglesa LeakeyDali, ele teria se espalhado por toda a Terra.Mas, antes, pensava-se que o surgimento da espécie Homo teria ocorrido na Ásia.As conclusões dos Leakey, porém, deve-se, acredito, à facilidade em se fazer pesquisas dessa natureza na África, onde há maiores extensões de terra inabitadas e um terreno de mais fácil investigação.Lembremo-nos que a espécie humana evoluiu do Homo Habilis até o Homo Sapiens Sapiens, e são de fato encontrados vestígios da existência ancestral do homem em partes diferentes do globo, como em Madagascar, na China etc.É por isso, inclusive, que o Homo Sapiens é chamado também de Homem de Neanderthal (que é uma região da Alemanha), enquanto o Homo Sapiens Sapiens é chamado Homem de Cro-Magnon (que é uma região da França), só para falar destas espécies mais próximas de nós.

5 comentários:

  1. Perg. n. 53a.

    Seriam as diferenças apresentadas pelo homem das diferentes raças caracterizadoras de espécies distintas?

    Absolutamente, não! A espécie é uma só: a humana.

    Essas diferenças constituem apenas particularidades que não nos autorizam a ver nelas uma outra classificação.

    Até porque, biologicamente, somos iguais em tudo, inclusive em relação à classificação científica:

    Domínio: Eukaryota

    Reino: Animalia

    Subreino: Eumetazoa

    Filo: Chordata

    Subfilo: Vertebrata

    Classe: Mammalia

    Subclasse: Theria

    Infraclasse: Eutheria

    Ordem: Primates

    Subordem: Haplorrhini

    Infraordem: Simiiformes

    Superfamília: Hominoidea

    Família: Hominidae

    Subfamília: Homininae

    Género: Homo

    Espécie: H. sapiens

    Subespécie: H. s. sapiens

    Portanto, a família humana é bastante distinta das demais famílias de seres vivos, para que possa haver qualquer dúvida quanto à sua identificação.

    As diferenças entre os indivíduos são apenas de ordem externa (aparência) e comportamental, como já se disse anteriormente.

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  2. Perg. n. 54

    Dado que o homem apareceu em pontos diferentes do globo terrestre, Kardec pergunta então se "não devem os homens deixar de considerar-se irmãos".

    "Todos os homens são irmãos em Deus", responderam os Espíritos.

    Na verdade, mesmo com toda a diversidade encontrada no Universo, quando buscamos a causa mais remota de tudo o que existe, encontramos Deus.

    E se ele é a causa primeira de todas as coisas, tudo se liga numa rede cósmica de influências que parte dele.

    Não há nada fora dessa rede, não há nada fora de Deus. Ele a tudo criou e é imanente na sua criação.

    Em relação ao homem, onde quer que localizemos a origem das diversas raças, ou até mesmo das quatro categorias de Homos, sempre encontraremos um Espírito encarnado em todos eles.

    Ou seja, do mineral ao animal, vê-se a presença do princípio inteligente individuado; no homem, o Espírito individualizado...

    Identificamo-nos, portanto, não só pela natureza espiritual de todos nós, mas também, e principalmente, pelo fato de possuirmos pensamento contínuo, consciência de nós mesmos, livre-arbítrio, vontade, mediunidade, religiosidade, senso moral etc.

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  3. 57. Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos, seguir-se-á tenham organizações diferentes os seres que os habitam?

    “Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar.”

    58. Os mundos mais afastados do Sol estarão privados de luz e calor, por motivo de esse astro se lhes mostrar apenas com a aparência de uma estrela?

    “Pensais então que não há outras fontes de luz e calor além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe desempenhar na Terra? Demais, não dissemos que todos os seres são feitos de igual matéria que vós outros e com órgãos de conformação idêntica à dos vossos.”

    A.K.: As condições de existência dos seres que habitam os diferentes mundos hão de ser adequadas ao meio em que lhes cumpre viver. Se jamais houvéramos visto peixes, não compreenderíamos pudesse haver seres que vivessem dentro dágua. Assim acontece com relação aos outros mundos, que sem dúvida contêm elementos que desconhecemos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que há de impossível em ser a eletricidade, nalguns mundos, mais abundante do que na Terra e desempenhar neles uma função de ordem geral, cujos efeitos não podemos compreender? Bem pode suceder, portanto, que esses mundos tragam em si mesmos as fontes de calor e de luz necessárias a seus habitantes.

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  4. V - PLURALIDADE DOS MUNDOS

    Perg. n. 55

    Aí está uma coisa que a nossa ciência não pode responder: "todos os globos que circulam no espaço são habitados?"

    "Sim", responderam os Espíritos.

    Ora, Jesus já houvera dito que "há muitas moradas na Casa de meu Pai" (Jo 14:2).

    A idéia de morada está ligada à de habitação, e esta, por sua vez, à de habitantes.

    Por que somente a Terra seria habitada, se ela tem o tamanho de "um grão de areia" confrontada com a imensão cósmica, de tal modo que a uma certa distância já deixa de ser visível.

    Os mundos não foram criados para deleitar os olhos do homem, "esse bicho da terra tão pequeno", como definiu o poeta.

    Tudo o que é material na criação divina tem um fim, uma utilidade, para os Espíritos de Deus: devem servir para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento.

    Portanto, todos os mundos espalhados pelo espaço infinito ou foram, ou são, ou serão um dia, habitados pelos seres inteligentes da criação, para que se cumpra neles "o objetivo final da Providência", como diz Kardec.

    Há mundos, certamente, em que os habitantes são seres muito mais evoluídos, inteligentes e moralizados do que o homem terreno; mas também os há em condições opostas, com homens tão ignorantes, rudes e primitivos como os que já habitaram a Terra há milênios.

    Enfim, o que prevalece na criação divina é a diversidade absoluta dos mundos, dos seres e das condições de vida, que o homem, até mesmo o espírita, está muito longe de sequer imaginar...

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  5. Perg. n. 56

    Kardec perguntou aos Espíritos se "a constituição física dos diferentes globos é a mesma".

    "Não; eles absolutamente não se assemelham".

    Que os mundos não fossem iguais, já seria fantástico. Aliás, é fácil ver isso no próprio sistema solar...

    Agora, que os mundos nem ao menos SE PAREÇAM, é soberbo!

    Ora, a constituição física dos mundos tem a ver com os elementos químicos e com as coisas e seres que compõem a sua natureza.

    E os elementos químicos são como as letras de um determinado alfabeto, com as quais formam-se as palavras de uma língua...

    André Luiz, em "Evolução em Dois Mundos", cap. XIII, referindo-se a um Espírito que desencarna e retorna ao mundo espiritual, diz o seguinte:

    "Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, EM NOVA ESCALA VIBRATÓRIA.

    Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma diversa daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética."

    O Espírito Galileu, em "A Gênese", cap. VI, n. 18, também revela:

    "Cada criatura, mineral, vegetal, animal ou de outra espécie - pois há OUTROS REINOS NATURAIS dos quais nem mesmo suspeitamos a existência - por virtude desse princípio vital universal, sabe adequar as condições de sua existência e de sua duração."

    Eis porque os mundos não chegam a assemelhar-se: os átomos constantes do fluido cósmico universal podem ser combinados ao infinito, gerando infinitas formas e corpos materiais, desde os mais sutis até os mais densos; dos mais toscos aos mais belos.

    Por isso, enquanto a ciência humana, positivista, materialista, acadêmica, continuar vasculhando o espaço cósmico em busca de mundos com as condições de vida iguais às da Terra, continuará muito distante das maravilhas do Universos semeadas por toda parte

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