quarta-feira, 7 de março de 2012

agora não depois


Agora, não depois
Nem cedo, nem tarde.
O presente é hoje.
O passado está no arquivo.
Se tens alguma dádiva a fazer, entrega isso agora.
Se desejas apagar um erro, consciente ou inconscientemente, procura sanar essa falha sem delongas.
Caso te sintas na obrigação de escrever uma carta não relegues semelhante dever ao esquecimento.
Geral, não retardes o teu esforço para trazê-lo à realização.
Se alguém te ofendeu, desculpa e esquece, para que não sigas adiante carregando sombras no coração.
Auxilia aos outros, enquanto os dias te favorecem.
Faze o bem agora, pois, na maioria dos casos, “depois” significa “fora do tempo”, ou tarde demais.
***Emmanuel***

Um comentário:

  1. Na Floresta não existe nem rebanho, nem pastor; Quando o inverno caminha, segue seu distinto curso como faz a primavera; Os homens nasceram escravos daquele que repudia a submissão; Se ele um dia se levanta, lhes indica o caminho, com ele caminharão.
    Dá-me a flauta e canta! O canto é o pasto das mentes, e o lamento da flauta perdura mais que rebanho e pastor.

    Na floresta não existe ignorante ou sábio; Quando os ramos se agitam, a ninguém reverenciam; O saber humano é ilusório como a cerração dos campos que se esvai quando o sol se levanta no horizonte. Dá-me a flauta e canta! O canto é o melhor saber, e o lamento da flauta sobrevive ao cintilar das estrelas.

    Na floresta só existe lembrança dos amorosos; Os que dominaram o mundo e oprimiram e conquistaram, seus nomes são como letras dos nomes dos criminosos; Conquistador entre nós é aquele que sabe amar. Dá-me a flauta e canta! E esquece a injustiça do opressor. Pois o lírio é uma taça para o orvalho e não para o sangue.

    Na floresta não há crítico nem sensor; Se as gazelas se perturbam quando avistam companheiro, a águia não diz: ‘Que estranho’. Sábio entre nós é aquele que julga estranho apenas o que é estranho. Ah, dá-me a flauta e canta! O canto é a melhor loucura e o lamento da flauta sobrevive aos ponderados e aos racionais.

    Na floresta não existem homens livres ou escravos; Todas as glórias são vãs como borbulhas na água; Quando a amendoeira lança suas flores sobre o espinheiro, não diz: ‘Ele é desprezível e eu sou um grande senhor’. Dá-me a flauta e canta! Que o canto é glória autêntica, e o lamento da flauta sobrevive ao nobre e ao vil.

    Na floresta não existe fortaleza ou fragilidade; Quando o leão ruge não dizem: ‘Ele é temível’. A vontade humana é apenas uma sombra que vagueia no espaço do pensamento, e o direito dos homens fenece como folhas de outono. Dá-me a flauta e canta! O canto é a força do espírito, e o lamento da flauta sobrevive ao apagamento dos sóis.

    Na floresta não há morte nem apuros; A alegria não morre quando se vai a primavera; O pavor da morte é uma quimera que se insinua no coração; Pois quem vive uma primavera é como se houvesse vivido séculos. Dá-me a flauta e canta! O canto é o segredo da vida eterna, e o lamento da flauta permanecerá após findar-se a existência."
    (Khalil Gibran)

    http://www.youtube.com/watch?v=4gIwWMMgURY

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